sábado, 28 de maio de 2011

Dúvida de uma tarde

Tentou ser, mas não foi. Tentou ir, mas não deu e simplesmente saiu do carro.

- Volta aqui, Mariles! Gritava o outro, enquanto a ele gritava o silêncio. A caminhar por a estrada avermelhada de pó do sertão, pensava sobre o que tinha o seu devido valor. Tinha ouvido palavras tão marcantes, desde o amor, até o ódio, e simplesmente resolvera que não iria continuar. Não mais. Refletia se estava vivendo uma história inventada, quando seus pensamentos foram interrompidos por Matteo, novamente, a berrar: - Mariles! Exagerei ao falar aquilo, me desculpe! Mas ao virar-se o falou: - É claro, depois da invenção da palavra desculpa, pode-se fazer e dizer o que quer, sem precaução alguma! É normal e bom exagerarmos ao amar demais, estar feliz demais, mas ao magoar alguém, palavras assumem papeis de grandes espadas, e acredite, isso é tão anormal para mim. Matteo retruca: - Perdoa, Mariles! Sabe que te gosto tanto... Isso acontece por você me irritar com certos fazeres! Mas entra logo nesse carro, o sol já está nos deixando. Mariles, com receio da escuridão e do que frio que vinha junto dela, entrou. Já tinham vivido tantos prazeres e desprezares juntos que chegou a conclusão que 'eu te odeio' não é tão forte assim, não quando os dois estão de neurose, exaltados e com sistema irritante inflamado. 

Tentou ser, mas não foi. Tentou ir, mas não deu e simplesmente entrou no carro.
Autoria de: Halany Gomes

Um amplexo pra quem entendeu! :)

2 comentários:

  1. Miigs, os textos estão ficando cada vez melhor..

    Pra entender de verdade não basta ler só com a cabeça, tem que ler com a alma.. Adoreii..
    Miica..

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  2. *------------* que bom que vc gostou! ♥

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